Resumo
O presente artigo apresenta resultados parciais da pesquisa realizada a respeito do Museu Julio de Castilhos, instituição museológica centenária, localizada em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em determinado período. O artigo pretende demonstraras influências sofridas nos discursos, nas representações e nas práticas dos cinco diretores que atuaram no Museu Julio de Castilhos de 1960 a 1980, denominada Ditadura Civil-Militar. O Museu Julio de Castilhos, por meio do patrimônio material incorporado e selecionado no período, pelo campo atuante, da instituição, como significativo das identidades brasileira e rio-grandense, constituiu e divulgou uma imaginação museal no Rio Grande do Sul. Os acervos, enquanto patrimônios incorporados corresponderam ao entendimento de um modelo restrito de museu, num discurso erudito e numa interpretação tradicional de patrimônio, centrada em razão do estado.